
Olá caro Luiz Netto,
Dentro do tanque dos peixes, o que nos interessa é que ocorra alguma velocidade de remoção da matéria sólida, isto porque temos elevar essa matéria ao longo dos tubos, seja no overflow lateral, seja no central. Se os tubos de elevação forem muito largos, mesmo que o caudal seja o mesmo, a valocidade é mais baixa e, como o material sólido é mais pesado que a água, vai ser mais difícil esses sólidos subirem para sair do tanque. É, portanto, importante calcular a velocidade da subida considerando o diâmetro do tubo.
No caso o overflow lateral é simples esse cálculo, pois temos um único tubo central vertical ligado a um outro tubo horizontal do mesmo diâmetro, fazendo com que a água saia pela lateral.
No caso do overflow central, temos 2 tubos: um central que não é de elevação e um exterior.
O central é simplesmente por onde a água desce para sair do tanque. É o tubo que define o nível de água na sua boca. O seu diâmetro até pode ser maior que o necessário, pois dentro deste tubo a água cai pela gravidade e, como tal, ganha sempre velocidade.
Depois, há o tubo exterior que envolve o central. O diâmetro deste já é muitíssimo importante para definir a velocidade da subida, pois a água sobe no interior deste tubo, no intervalo entre a parede interna deste tubo e a parede externa do tubo central. Assim, para calcular a velocidade de subida dentro deste tubo, é necessário ter o diâmetro interno deste tubo e subtrair o diâmetro externo do tubo central, para termos a área real de subida da água.
Se tivermos tudo isto em consideração, não há motivos para considerarmos que um método é mais eficiente que outro. Ambos funcionam desde que os diâmetros das tubagens sejam bem calculados. O que não recomendo é a utilização de uma bomba de água dentro do tanque dos peixes, pois as pás do rotor desfazem o material sólido, tornando mais difícil de ser removido pelo decantador.
Quanto aos filtros radial ou swirl, ambos funcionam bem, pois a desaceleração da água ocorre quando devida, que é quando as partículas têm de cair no fundo cónico do filtro. Já experimentei os dois e, pessoalmente, pareceu-me haver uma maior eficiência no radial, mas depende do seu design, do seu volume e do caudal.
No swirl, há uma velocidade maior na curva de entrada, que depois a água desacelera no grande volume deste tanque, enquanto roda em centrifugação com ligeira inclinação descendente. No radial, há uma desaceleração progressiva (saída do tubo ao centro, descida por um tubo mais largo até à zona inferior, em que há uma grande desaceleração, devido à largura do filtro.
Com cumprimentos,
João Cotter